“EU O JUIZ”
“Porque ele é tal quais são os seus pensamentos: Come e
bebe, te diz ele, Mas o seu coração não está contigo” Provérbios 23.7 Queria entender o que se passa na mente e nos corações de
algumas pessoas. Parecem que vivem buscando situações para sempre saírem por
cima, querendo mostrar uma espiritualidade fajuta e egoísta, buscando defeitos
em uns e outros, atacam aqui e ali a fim de gerar comichões nos ouvidos
alheios… Falam das posturas das pessoas, das denominações e suas “leis”, todos
sempre estão errados. Usam sempre a desculpa de dizer: Não estou julgando é apenas um
questionamento! Fico a pensar o que está por trás de certos questionamentos.
Será o real objetivo levantar contendas? Ou será tentar achar outros
insatisfeitos e criar um motim de insatisfações? Gerar rebeldia nos corações?
Realmente não sei. Mas tudo isso me incomoda. Não apenas o fato de ver alguns
questionamentos baseados nas próprias vontades, mas por ver que alguns
questionamentos no fundo tem uma raiz de amargura, de algo não curado, um
desejo ardente por vingança. Acredito que todos podem e devem sim questionar,
mas até onde vai o meu questionamento? Questiono as pessoas, instituições e
suas posturas, por quê? Por não atenderem o que eu “acho” que é correto, por
não satisfazerem de alguma forma minha vontade e alimentar o meu ego? Muitas
vezes o questionamento vem junto com o julgamento. E creio que nem eu nem nenhum
outro homem podemos e devemos ocupar esse lugar de juiz. Pessoas erram,
instituições são falhas, líderes podem sim errar e cair, mas não cabe a eu
decidir o fim. Penso que o meu dever é estender a mão, a graça. E deixar que
Deus faça o que tiver de ser feito. Ele sim tem o poder para isso, Ele sim tem
a medida certa. O nosso peso é sempre falho, porque sempre serão baseados em
nossos achismos, egoísmos, dores e mágoas. Não estou em hipótese alguma dizendo
sobre ser cúmplice, complacente, se calar diante de fatos e erros. Não! Não
estou dizendo isso. Estou afirmando que devemos sim questionar, mas que meus
questionamentos sejam verdadeiros, frutos de um coração sarado que anseia pela
glória de Deus. Que nossos questionamentos não sejam frutos de vingança, de
querer ferir o outro, de gerar rebuliços e contendas, de inflamar os corações
dos fracos com a ira que me consome. Não cabe a mim esse papel, não cabe a você
esse papel. Não somos juízes! Se for necessária alguma mudança, que comece em
mim! Se for preciso uma revolução que se inicie com os joelhos no chão! Que
Deus nos dê corações puros e sábios.
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