Mulheres, submissão e casamento
“Vós, mulheres, submetei-vos a
vossos maridos como ao Senhor. Pois o marido é o cabeça da mulher como
também Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do
corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos” (Efésios 5:22-24).

Um primeiro passo é compreendermos que
nenhum casamento deve ser pautado apenas na motivação, no entusiasmo; na
vontade de casar de um e de outro; ou na necessidade de que o homem e a
mulher têm de possuir uma relação mais íntima e sexual. O amor é
condição indispensável a todo relacionamento humano; porém, no
casamento, ele é mais rico quando equilibrado por questões racionais.
Por exemplo: a compreensão de que o matrimônio exige conhecimento da
divisão de responsabilidades de um e de outro. Sem o prévio conhecimento
e consciência dessas responsabilidades (e seu perfeito cumprimento), a
relação matrimonial tende a se tornar mais vulnerável e fadada ao
fracasso cada vez mais.
O versículo introdutório abre com uma
ordem às mulheres, no caso, às esposas: sejam submissas! Essa sujeição
da mulher, aconselhada pelo apóstolo Paulo aos crentes instalados em
Éfeso, desperta uma enorme polêmica nos dias atuais. Afinal, como
compreender e aceitar essa submissão das mulheres em relação aos seus
maridos numa época onde, transparentemente, a mulher vai mais e mais
galgando conquistas sociais, profissionais e status financeiro? Algumas,
inclusive, por um nível econômico melhor que a do marido, sentem-se no
direito de definir todas as prerrogativas existentes no lar. O certo é
que a mulher, pouco a pouco, vai conquistando espaços que antes eram de
exclusividade do perfil masculino. Não que esse ponto de destaque seja
ruim. Porém, é preciso ressaltar que em muitas esposas essa
superindependência tem interferido negativamente nas atribuições
bíblicas e sido causa dos fracassos familiares. A mulher-chefe no
trabalho não pode ter a mesma autoridade da mulher-esposa no lar, ainda
que o nível econômico dela em relação ao marido seja acentuado. Por
outro lado, não é dado por DEUS somente a responsabilidade da mulher ao
ato da procriação. Ela não nasceu apenas para procriar. Mas a esposa
pode participar, como parte mais frágil, das decisões e dos destinos da
família.
A sujeição a que se refere o apóstolo é mais perfeita quando o marido a ama “(…) como também Cristo amou a igreja (…) (Efésios 5:25).
Entretanto, essa submissão da mulher existe independentemente de o
marido temer ou não à Palavra de DEUS, exigindo dela o perfeito
testemunho: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede submissas a vossos
próprios maridos, para que também, se alguns deles não obedecem à
Palavra, pelo procedimento de suas mulheres, sejam ganhos sem palavra,
considerando a vossa vida casta, em temor” (1 Pedro 3:1-2). Em
nenhum momento da PALAVRA, DEUS pede que sejamos sujeitos ao mal; nem no
casamento nem na atmosfera espiritual e social. O marido é uma
autoridade constituída por DEUS para amar e respeitar suas esposas.
Quando ele não a ama e não a respeita, metade do conjunto fica
comprometida e tende a contaminar a outra metade. O perigo reside
exatamente aí. Muitas esposas de maridos ingratos, infiéis, tendem a se
fragilizar e, consequentemente, a perder o rumo do casamento. Ela se
sente abatida, fraca, desanimada, sem forças até mesmo para orar. É o
que diz a Palavra de DEUS: “um abismo chama outro abismo (…) (Salmos 42:7).
Mas DEUS orienta para essa situação que um erro não atraia outro.
Antes, que o erro do marido não afete o estado de submissão da esposa,
levando-a a orar e a jejuar muito mais. Entretanto, quando ele é sábio,
aprende a dividir os momentos de diálogo com a esposa.

E por tudo, crendo que a mulher não foi
constituída por DEUS para delegar sobre o lar; mas antes, ser submissa
com respeito e boa consciência ao seu marido para ter um casamento
agradável; assim nenhuma dela deveria também receber a consagração ao
ministério pastoral nas igrejas. Eu, particularmente, sou contra essa
ordenação. Ela pode até ser a esposa do pastor, dirigir ministérios,
porém, estar à frente das decisões da igreja, discordo veementemente.
Observe o cuidado que o apóstolo teve em comparar a subserviência da
mulher e o amor do marido a CRISTO e à igreja. A esposa assume o papel
da igreja e o marido o papel do Senhor. Quem santifica a igreja é JESUS
assim como o marido à esposa. Se há uma inversão de valores, uma troca
desses papéis, a vida espiritual da igreja e do lar fica doente e
seriamente ameaçada. Alguns ministérios, infelizmente, têm aceitado o
pastorado de mulheres apenas para aumentar a renda da família. Se eu
acreditasse que uma mulher pudesse delegar sobre os destinos de uma
igreja, teria que aceitar também que ela estivesse na vanguarda das
decisões do lar, o que seria um equívoco, considerando o que diz a
Sagrada Escritura. Há quem discorde, usando o exemplo de Raquel no
Antigo Testamento. Mas esta mulher nunca, em tempo algum, recebeu o
chamado para pastorear ovelhas humanas.
Uma das virtudes da mulher sábia do livro
de Provérbios está na sua capacidade de ouvir, perguntar se pode fazer
ou se está certo fazer determinada coisa e orar; ser a coluna de
sustentação do marido em oração. Uma mulher que não se excede, que não
se irrita, não bate-boca com o marido, que não queira peitá-lo, não seja
rebelde, nem tome decisões por sua inteira responsabilidade. Mas uma
mulher mansa, serena, prudente, serva do SENHOR JESUS. Esta, sim, é
honrada onde quer chegue: “Enganosa é a graça e passageira a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Salmos 31:30).
Submissão, de uma forma geral, provém da capacidade de respeitar à
autoridade de alguém que está um degrau acima de nós. Isso serve para os
filhos em relação aos pais, para as esposas em relação aos maridos, à
sociedade em relação às autoridades públicas e para a igreja em relação a
JESUS CRISTO. Quem apregoa que não existe hierarquia, ordem, decência,
organização, divisão de responsabilidades no Reino de DEUS estará
mentindo aos outros e enganando a si próprio. Lugar da esposa não é
apenas na cozinha nem na cama como muitas “mentes estreitas” pensam.
Lugar da mulher casada é ao lado do marido, onde ele estiver, dando-lhe
honras, valorizando-o junto à família, à igreja e à sociedade em geral. E
para finalizar, chamo a atenção também para os efeitos que o mau
cumprimento dos mandamentos divinos possam causar ao lar e à igreja.
DEUS exigiu como princípio elementar que amemos uns aos outros. Amar
significar sentir prazer em renunciar ao próprio “eu” e compartilhar,
com sinceridade, os segredos, desejos e frustrações.
Aliás, que maridos e mulheres sejam muito
mais que amantes do corpo do outro: sejam companheiros na perfeita
acepção da palavra. Companheirismo significa “compartilhar o pão”; assim
como fez JESUS com os seus discípulos na Santa Ceia. Vivamos a dividir
esse pão com todos os que têm sede e fome de Justiça e prossigamos em
viver um cristianismo com sabedoria e longe das adaptações que os homens
têm insistido em promover no seio das igrejas à custa de interesses
espúrios. A quem muito é dado, muito também será cobrado. Isso serve
para os maridos, para as esposas e para todos os líderes religiosos do
mundo. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:29). Maranata!! Ora, vem, Senhor JESUS!!!
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